quarta-feira, 13 de julho de 2011

PARÁBOLAS DE JESUS








PARÁBOLAS DE JESUS


No dia 17 de Julho de 2011, a liturgia nos apresenta tres parábolas de Jesus. Como parece que nos acostumamos a escutar essas historinhas que Ele contava, às vezes deixamos de perceber a beleza delas. Por isso, uma palavrinha que aprofunde a mensagem é sempre bem vinda para nos ajudar a renovar nossas atitudes e nossas esperanças.
Duas das tres parábolas tocam no tema "semente, plantio e colheita". Elas parecem ser ideais para pessoas que trabalham no campo, mas seu sentido serve também para todos os que vivem na cidade. A parábola do joio e do trigo que uma semente má se mistura à boa. Aqui o problema não está no inimigo que semeou outra semente, mas sim que existem duas sementes no mesmo terreno. Como joio e trigo são muito parecidos a princípio, corre-se o risco de arrancar o trigo por confundi-lo com o joio. Por isso, a recomendação é esperar até que os dois deem frutos, para, então, poder separá-los. Essa recomendação parece muito sábia, pois normalmente  somos muito rápidos em julgar os outros ou uma situação. Aqui Jesus parece convidar-nos a ter paciência, a deixar que as pessoas e os trabalhos deem seus frutos, para então ver se foram bons ou não.
à Parábola do joio e do trigo segue outra: a da semente de mostarda. Ela chama a atenção para a pequenez da semente em relação à grandiosidade da árvore que dela nasce. Essa árvore, além de ser bonita, serve também de abrigo aos pássaros. Essa história quer dizer: em vez de julgar os outros, devemos nos preocupar com aquilo que cada um pode fazer de bom, embora seja um gesto pequeno. Qualquer pequena boa ação faz uma grande diferença. Assim, se completa a ideia da parábola anterior, pois, se na primeira o convite era ter paciência com os outros, na segunda o convite é fazer o bem que se pode fazer, ainda que seja pequeno.
Já na terceira parábola, o ambiente muda do campo para a cozinha. Fala de uma cozinheira que para fazer um bolo, mistura apenas um pouquinho de fermento com bastante farinha. E esse pouquinho é suficiente para fermentar toda a massa e fazê-la crescer. Isso quer dizer que, se espalhamos amor ao redor de onde vivemos, ainda que sejam poucas as coisas que fazemos, contagiamos a todos e transformamos o ambiente ao nosso redor. Essa parece ser a parábola que se aplica àquelas pessoas que, quando chegam a um lugar, trazem alegria, paz e amizade. Não seria bom que todos fôssemos assim?
Se prestarmos atenção as tres parábolas juntas, podemos perceber o convite feito por Jesus a todos os que escutam essas tres historinhas: antes de se preocupar em olhar o que está fazendo o vizinho, preste atenção nas próprias atitudes, para ver se elas estão ajudando os outros a crescer e a ser mais felizes. Esse é o ensinamento dessa celebração. Por isso, vamos pedir que o Espírito Santo nos ajude a ser mais lentos em julgar os outros e, ao mesmo tempo, mais animados para fazer o bem.

Pe, Paiva, SJ (In Liturgia e Vida, Mensageiro Vol.117)

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