sexta-feira, 25 de setembro de 2015

MAMÃE TAMBÉM PARTIU

FALANDO DE SAUDADES


MAMÃE RAIMUNDA BAENA DE JESUS

A RAIMUNDINHA TAMBÉM PARTIU PARA A MORADA CELESTE


(* 30/08/1944  + 07/09/2015)


MEU PAPAI ALDEMAR DE JESUS FOI-SE ANO PASSADO


  (*26/05/1944  + 12/11/2014)


EU E MEUS SEIS IRMÃOS FICAMOS ÓRFÃOS


DE PAI E DE MÃE EM NOVE MESES E ALGUNS DIAS

AS LEMBRANÇAS E A SAUDADE FICARAM PARA SEMPRE.


ELES VIVEM NA ETERNIDADE. EU CREIO.






A FOTOGRAFIA ACIMA FOI TIRADA NOS SEUS 71 ANINHOS
AINDA NO HOSPITAL.







quinta-feira, 19 de março de 2015

CREDO DAS MULHERES










CREDO DAS MULHERES




Somos fêmeas humanas, enfrentando um novo milênio.

Somos a maioria da nossa espécie, e apesar disso,
muitas ainda vivem nas sombras...
Somos as invisíveis, as analfabetas, as trabalhadoras, as refugiadas, as pobres.
E declaramos: nunca mais.
Somos as mulheres que tem fome, de arroz, de moradia, de liberdade.

Somos às que tem sede, de água clara, de risos, de conhecimentos, de amor.
Existimos sempre, em todas as sociedades.
Sobrevivemos ao feminicídio.
Fomos rebeldes e deixamos marcas.

Somos, cada uma de nós, valiosas, únicas, necessárias.
Somos  fortes e sagradas, aliviadas por não termos que ser sempre iguais. Somos as filhas do desejo. As mães que dão a luz, as políticas do século XXI.

Trabalhamos durante décadas para assinalar o detalhe de nossa necessidade, nossa ira, nossas esperanças e visões. Rompemos o silêncio e esgotamos nossa paciência. Estamos cansadas de inventariar nossos sofrimentos, de divertirmos ou de sermos simplesmente ignoradas. Estamos fartas de palavras vagas e esperas concretas; famintas de ação, dignidade, alegria. Pretendemos mais que persistir e sobreviver.

Durante milênios tivemos a responsabilidade sem poder... enquanto os homens tiveram poder sem responsabilidades. Àqueles homens que se arriscam a ser nossos irmãos, nós lhes oferecemos equilíbrio, um futuro, uma mão amiga. Mas, com ou sem eles, seguiremos adiante.

Estamos no umbral de um noivo milênio, às nossas costas só ruínas, não há mapas para o futuro; o sabor do medo, em nossas línguas.

Apesar de tudo, saltaremos.

Pão. Um céu límpido. Uma voz de mulher cantando em algum lugar. A ferida cicatrizada, o filho desejado, o prisioneiro libertado, a integridade do corpo honrada, o amante regressando. O trabalho igualitário, justo e valorizado. Nenhuma mão  levantada em outro gesto que não seja a saudação. Interiores seguros - do coração, do lar, da terra. E em toda parte risos, carinho, celebração, danças, satisfação. Um paraíso terreno e humilde, agora.

Vamos torná-lo realidade, nosso mundo: faremos políticas, histórias, paz. E o tornaremos disponível. Faremos a diferença, faremos amor, irreverências, contatos, faremos o milagre.

Somos as mulheres que transformarão o mundo.

(São trechos da declaração surgida no encontro "Estratégia das Mulheres para 1995" em Copenhagem, Beijin e mais Além - Nova York, de 29 de novembro a 2 de dezembro de 1994, organizado por MEDO - Mulheres, Meio Ambiente e Desenvolvimento - Traduzido por Beatriz Cannabrava)

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

FOI ASSIM








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http://www.madalenadejesus.prosaeverso.net/


Foi Assim

Chico Buarque 

de Lupicínio Rodrigues


Foi assim
Eu tinha alguém
Que comigo morava
Mas tinha um defeito
que brigava
Embora com razão
Ou sem razão

Encontrei um dia
uma pessoa diferente
Que me tratava carinhosamente
Dizendo resolver minha questão
Mas não
Foi assim
Troquei essa pessoa 
que eu morava
Por essa criatura que eu julgava
Pudesse compreender
 todo o meu eu

Mas no fim
Fiquei na mesma coisa em que estava
Porque a criatura que eu sonhava
Não faz aquilo que me prometeu
Não sei se é meu destino
Não sei se é meu azar
Mas tenho que viver brigando
Todos no mundo
Encontram seu par
Por que só eu vivo
Trocando?
Se deixo de alguém
Por falta de carinho
Por brigar e outras coisas mais
Quem aparece no meu caminho
Tem os defeitos iguais.