terça-feira, 24 de maio de 2011

O DUELO ENTRE A VIDA E A MORTE







Num dos mais belos hinos da liturgia cristã da Páscoa, que nos vem do século XIII, se canta que "a vida e a morte travaram um duelo; o Senhor da vida foi morto mas eis que agora reina vivo”. É o sentido cristão da Páscoa: a inversão dos termos do embate. O que parecia derrota era, na verdade, uma estratégia para vencer o vencedor, quer dizer a morte. Por isso, a grama não cresceu sobre a sepultura de Jesus. Ressuscitado, garantiu a supremacia da vida.

A mensagem vem do campo religioso que se inscreve no humano mais profundo, mas seu significado não se restringe a ele. Ganha uma relevância universal, especialmente, nos dias atuais, em que se trava física e realmente um duelo entre a vida e a morte. Esse duelo se realiza em todas as frentes e tem como campo de batalha o planeta inteiro, envolvendo toda a comunidade de vida e toda a humanidade.

Isso ocorre porque, tardiamente, nos estamos dando conta de que o estilo de vida que escolhemos nos últimos séculos, implica uma verdadeira guerra total contra a Terra. No afã de buscar riqueza, aumentar o consumo indiscriminado (63% do PIB norte-americano é constituído pelo consumo que se transformou numa real cultura consumista) estão sendo pilhados todos os recursos e serviços possíveis da Mãe Terra.

Nos últimos tempos, cresceu a consciência coletiva de que se está travando um verdadeiro duelo entre os mecanismo naturais da vida e os mecanismos artificiais de morte deslanchados por nosso sistema de habitar, produzir, consumir e tratar os dejetos. As primeiras vítimas desta guerra total são os próprios seres humanos. Grande parte vive com insuficiência de meios de vida, favelizada e superexplorada em sua força de trabalho. O que de sofrimento, frustração e humilhação ai se esconde é inenarrável. Vivemos tempos de nova barbárie, denunciada por vários pensadores mundiais, como recentemente por Tsvetan Todorov em seu livro O medo dos bárbaros (2008). Estas realidades que realmente contam porque nos fazem humanos ou cruéis, não entram nos calculos dos lucros de nenhuma empresa e não são considerados pelo PIB dos países, à exceção do Butão que estabeleceu o Indice de Felicidade Interna de seu povo. As outras vítimas são todos os ecossistemas, a biodiversidade e o planeta Terra como um todo.

Recentemente, o prêmio Nobel em economia, Paul Krugmann, revelava que 400 famílias norte-americanas detinham sozinhas mais renda que 46% da população trabalhadora estadunidense. Esta riqueza não cai do céu. É feita através de estratégias de acumulação que incluem trapaças, superespeculação financeira e roubo puro e simples do fruto do trabalho de milhões.

Para o sistema vigente e devemos dizê-lo com todas as letras, a acumulação ilimitada de ganhos é tida como inteligência, a rapinagem de recursos públicos e naturais como destreza, a fraude como habilidade, a corrupção como sagacidade e a exploração desenfreada como sabedoria gerencial. É o triunfo da morte. Será que nesse duelo ela levará a melhor?

O que podemos dizer com toda a certeza que nessa guerra não temos nenhuma chance de ganhar da Terra. Ela existiu sem nós e pode continuar sem nós. Nós sim precisamos dela. O sistema dentro do qual vivemos é de uma espantosa irracionalidade, própria de seres realmente dementes.

Analistas da pegada ecológica global da Terra, devido à conjunção das muitas crises existentes, nos advertem que poderemos conhecer, para tempos não muito distantes, tragédias ecológico-humanitárias de extrema gravidade.

É neste contexto sombrio que cabe atualizar e escutar a mensagem da Páscoa. Possivelmente não escaparemos de uma dolorosa sexta-feira santa. Mas depois virá a ressurreição. A Terra e a Humanidade ainda viverão.


Por: Leonardo Boff


QUAL É O SENTIDO DA VIDA ?






Somos seres irrequietos, com uma curiosidade insaciável. Isso nos permite encontrar respostas para os mistérios do universo. Somos sem descanso nos nossos porquês.

Até os meninos querem abrir os brinquedos, para saber como funcionam. (E nós achamos que eles estão estragando os presentes...).

Mas a pergunta suprema é de cunho metafísico: qual o sentido da vida? O cristão se pergunta: de que meios posso me valer para crescer na fé? Como posso ter respostas para os anseios da alma?

O que pode alimentar a minha espiritualidade? Mesmo com caridosas advertências dos Bispos, muitos fiéis se aproximam de águas contaminadas pelas fantasias humanas, ou de alimentos que não contém nenhuma substância para nos fortalecer. Refiro-me ao duvidoso apelo às visões e manifestações particulares. “Dei leite a vocês, não alimento sólido” (1 Cor 3,2).

Se numa região existem 1.000 aparições, seguramente 999 são falsas, provenientes de pessoas ingênuas, visionárias, ou até de má fé. Mas então, o que realmente pode nos ajudar à abertura para uma fé robusta? Os recursos que a bondade divina nos apresenta são infindáveis. Começo pela Eucaristia, verdadeiro “pão do céu”, seja para adultos e até para crianças. Esse é o maná que nos sacia. Fortalece a fé e a caridade.

Põe-nos em contacto com Aquele que pode encher nossa vida de esperança. Outra ajuda estupenda é a vida em comunidade. Esta nos mostra que a “ovelha que anda sozinha, será pega pelo lobo”. Jesus, desde o começo de sua vida pública, juntou a seu redor uma pequena comunidade, à qual transmitia seus ensinamentos e sua graça salvadora. Hoje ainda é assim. Junto com os demais irmãos de caminhada superamos grandes dificuldades. Não esqueçamos a Sagrada Escritura, fonte perene de transmissão das bondades divinas.

Ela é a alma da Teologia. Mas especialmente ela nos faz entrar em contacto com a pessoa divina. O Espírito nos ilumina para superarmos os entraves da nossa missão. Sem excluir muitos outros modos de nos fortalecermos no bem, falemos ainda da prática da caridade. Ajudar aos outros não faz só um enorme bem ao semelhante, mas dá um retorno benfazejo ao próprio praticante. Enfim, vamos nos ocupar com revelações particulares somente se sobrar muito tempo. Nós vivemos, preferencialmente desses 4 grandes dons.


Por: DOM ALOÍSIO ROQUE OPPERMANN -SCJ ARCEBISPO DE UBERABA, MG.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

A ARTE DE VIVER




A ARTE DE VIVER


PROTEJA SUA RAZÃO

Da mesma maneira como, ao andar, tomamos cuidado para não pisar em um objeto cortante ou cortar o pé, devemos ter o maior cuidado para de modo algum prejudicar a nossa mais importante faculdade mental. A vida virtuosa depende antes de tudo da razão. Se você preservar a sua razão ela preservará você.

TOME POSIÇÕES

Uma vez tendo liberado e determinado que uma certa linha de ação é a mais sábia, nunca desconsidere seu julgamento. Mantenha-se firme em sua decisão. Existe a possibilidade de outras pessoas compreenderem mal suas intenções e até mesmo desaprovarem sua atitude. Entretanto, se estiver convencido de que está agindo bem, você não tem nada a temer. Tome posições, não seja covardemente evasivo.
(EPICTETO)


quarta-feira, 11 de maio de 2011

PAISAGEM COM PROBLEMAS





PAISAGEM COM PROBLEMAS


PROBLEMAS SÃO PRIVILÉGIOS DOS HUMANOS. 

Quem mandou andar ereto, quem mandou pensar? Quem mandou inventar sociedade, trabalho, salário, teorias das mais abstrusas e, ainda por cima, política? Altos e baixos, magros e gordos, belos e feios, pobres e ricos, inteligentes e menos iluminados, problemas sempre teremos: com filhos, com cônjuge, com patrão, com funcionários, com o fisco ou com o governo, com amigos ou com a burrice alheia. Nosso envolvimento vai armando uma trama que nos atrapalha e não nos deixa enxergar a claridade ou curtir os não-problemas.
Outro dia, depois de uma palestra, um casal me abordou, simpático. Ele pediu: "Eu queria que a senhora escrevesse sobre a necessidade de reavaliar nossos problemas e aliviar a vida. Pois minha mulher", ele a olhou com carinho, não com censura, "vive tão enrolada que pouco tempo resta para a alegria e para nós dois".
"bom", respondi,  "isso depende dos problemas." E resolvi escrever este artigo, lembrando o que me disse uma amiga: "quando a gente está muito atrapalhado, é bom parar e analisar o que sombreia a nossa paisagem: são tragédias ou chateações? Na imensa maioria das vezes são apenas chateações". Nunca esqueci essa fabulazinha. Quando começo a querer me queixar da vida, penso nela.
"Com as perdas só há uma coisa na vida a fazer: perdê-las", escrevi certa vez. Algo parecido ocorre com os problemas. Com eles, só há duas saídas, uma é resolvê-los. Com os insolúveis, o jeito é perceber e aceitar. Duro aprendizado. Depois, relegá-los a um segundo plano, abrindo-se mais para a vida _ que é breve, é difícil e não deixa o bonde passar muitas vezes, ah, não. Um dia, talvez, não distante, abriremos os olhos e lá estará o belo e terrível Anjo da Morte, curvando o dedo no gesto irrecusável: "Vim te buscar, pobre humano".
Não acho que problemas devem ser ignorados. Frivolidade também mata. Mas há sempre o momento de parar para pensar, ou pensar menos e viver mais. Rever nossas estruturas, internas e externas: o que posso resolver? O que devo esquecer ou superar para que não me sufoque ou me roube a luz de que preciso para enxergar outras coisas, coisas melhores?
A vida é dura lida. Por vezes altamente dramática. Aqui e ali, tragédia. Nem sempre podemos desviar os olhos e a alma, nem sempre podemos ignorar e superar, nem sempre podemos resolver. Vitórias são raras. "Do caos nasce a luz" e da derrota pode nascer uma nova pessoa, melhor que a de antes.. Mas do caos também pode surgir mais confusão, e da derrota pode resultar um pobre ser esmagado. Assim, dos problemas pode-se fazer uma seleção, em que alguns serão jogados fora. Deletou, acabou-se. Outro ficarão à margem do caminho, dando passagem ao otimismo e à vontade de vida, mas estarão ali, à espreita de um momento de fraqueza para nos assaltar feitos bandoleiros. Outros, ainda,necessitam de um longo tempo para que se desmanchem suas raízes no coração que se atormenta. Só que esse tempo não pode ser tão longo quanto a vida e nem ocupar demasiado espaço dentro dela, ou desperdiçaremos o que há de melhor na paisagem.
Eu mesma, do alto dos meus tantos anos e duras lidas, não consigo resolver ou superar alguns de meus problemas, nem ajudar pessoas que eu amo a se livrar de todos os seus. às vezes o jeito é dar-se as mãos numa ciranda solidária, esperando que o bom senso vença a perplexidade e reduza nosso sofrimento inútil. Seja como for, por ser complexa, a vida é interessante: por isso enchem-se os consultórios dos psicanalistas, escrevem os escritores, lutam os soldados, roubam os ladrões, enganam os crápulas e brincam, antes de se convencer da dureza dos combates, quase todas as crianças na paisagem em torno.
Não brincam as que morrem nos hospitais, fenecem nas ruas, sofrem nos lares violentos ou tristes: são responsabilidade nossa, grandes trapalhões que inventamos esta cultura, esta sociedade, esta injustiça, esta omissão, estas relações e esta vida. Por que a morte, essa não inventamos nós. Diante dela quase todos os problemas se resolvem, e empalidecem quase todos os dramas.




(Por Lya Luft, Escritora -Em Ponto de Vista p/ a Veja de 7/nov/2007)

segunda-feira, 9 de maio de 2011

AMIGOS SERVIDORES DO ALTAR



AMIGOS SERVIDORES DO ALTAR

AMIGOS by madalenadejesus@yahoo.com.br

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ALEGRIA PURA

ALEGRIA PURA


galera by madalenadejesus@yahoo.com.br

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Estes jovens são tudo de bom.com.br

APÓS CAMINHADA DA JUVENTUDE
PARÓQUIA DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO

PADRE WIREMBERG ENTRE NÓS


PADRE WIREMBERG ENTRE NÓS

My house by madalenadejesus@yahoo.com.br

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Eis um dos momentos que prezo pelos laços do meu cativar.

MARIA NOSSA SANTA MÃE







MARIA NOSSA SANTA MÃE

Imaginemos Maria 


Falo a você que crê que Jesus salva e que ele já levou bilhões de pessoas para o céu.


Levou também, Maria, sua santa mãe. Se alguma religião ensinasse que ele ainda não conseguiu levar nem a própria mãe, tal religião estaria negando, ou o poder intercessor de Jesus e o valor da sua vitória sobre a morte, ou a santidade e a pureza de Maria. 

Nem eu nem você sabemos como era Maria. Então temos que imaginar como era em Nazaré e como é hoje no céu. E é bem aí que preisamos tomar cuidado com a nossa imaginação. Não podemos colocar Maria nem acima, nem abaixo do lugar dela no Reino de Deus. Não podemos imaginá-la nem além, nem aquém do que a nossa Igreja ensina Não podemos inventar recados que ela não deu, palavras que ela não disse nem diria, aparições que não aconteceram. Videntes erram e, não poucas vezes, também os sacerdotes que os aconselham. Alguém pode amar muito a Jesus e a sua mãe e, levado pelo entusiasmo, criar visões que não aconteceram. Muita gente já fez isso, para depois admitir que estava iludida. Não era a mãe de Jesus. A Igreja percebeu que era engano desse ou dessa fiel.

Por isso, se você garante que a vê e que ela lhe fala e, se a ama de verdade, não dê nenhum recado que acha que ouviu dela, sem primeiro consultar mais de um sacerdote. De preferência, ouça um do seu grupo e outro de fora. O fato é tão sério que convém ouvir ainda um terceiro, indicado pelo bispo da diocese. Que os três tenham uma boa bagagem teológica e uma boa experiência pastoral. Não devem ser muito jovens. Se, de quebra, puder conversar com umpsicólogo católico, faça isso. 

Porque dou este conselho?. Porque tenho lido, visto e ouvido muita gente dar recados em nome de Maria, sem o conhecimento dos sacerdotes e dos bispos. A grande maioria sabe pouco de bíblia, de catecismo e de História da Igreja. Talvez por isso ande repetindo o que a Igreja já condenou e questionou no passado. 

Nós, católicos, temos dezenas de escritos oficiais sobre Maria e o seu papel na nossa Igreja e no cristianismo. Mas temos também, circulando entre o povo milhares de folhetos e panfletos de irmãos e irmãs que dizem que Maria mandou publicar aquilo. Se não estão brincando de videntes e parecem assim tão certos de estarem ouvindo Maria, então que se deixem analisar por gente tão ou mais séria do que eles, que também não estão brincando de ser bispo, teólogo ou pároco! Imaginemos Maria, sim, mas aceitando os limites propostos pela nossa Igreja e pelo Santo Livro. Você tem ouvido ultimamente algumas pregações sobre Maria? Alguns a diminuem e outros a super-exaltam. E tudo o que ela quer é o respeito que certamente ela merece. Que tal lermos o que a Igreja disse sobre ela desde l950? Pelo menos é um discurso mais atual! Entre as palavras de um piedoso livro do século XVI e as do Vaticano II, mais as dos papas do século XX qual delas você divulgaria? Ou aquilo tudo foi pensado e escrito para depois agirmos como se nada tivesse sido dito sobre Maria nos ultimos 50 anos? 

www.padrezezinhoscj.com

quinta-feira, 5 de maio de 2011

O CATIVAR









O CATIVAR

Segundo Antoine de Saint-Exupéry, é muito importante cultivar bons relacionamentos, e eu afirmo que é imprescindível: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas".
Confesso que tornou-se umas das minhas frases principais ao lado da, não menos magnânima, "Amai-Vos uns aos outros assim como Eu Vos amei, e ao próximo como a si mesmo." (do meu amado JESUS).
Nossa! Existe algo mais lindo???
São máximas de conduta de vida que deveriam ser pensadas e vivenciadas, intensa e verdadeiramente.
Mas, voltemos ao cativar de Exupéry...
O diálogo com a raposa mexeu comigo desde que eu o li pela primeira vez, então, com apenas 8 aninhos, fruto de um presente da minha madrinha, depois reli ao longo dos anos, em diversas fases de minha vida,  enfim, já tenho de relê-lo outra vez, pois considero útil e necessário refazer determinadas leituras com os olhos da maturidade do tempo decorrido...
Faço questão de reproduzir parte deste diálogo para o seu; para o nosso deleite:

A raposa calou-se e observou por muito tempo o príncipe:
_ Por favor... cativa-me! disse ela.
_ Eu até gostaria - disse o principezinho -, mas não tenho muito tempo.
   Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
_ A gente só conhece bem as coisas que cativou - disse a raposa - os homens não tem mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo já pronto nas lojas. Mas, como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
_ Que é preciso fazer? _ Perguntou o pequeno príncipe.
_ È preciso ser paciente -  respondeu a raposa. _ Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...
No dia seguinte o principezinho voltou.
Teria sido melhor se voltasses à mesma hora _ disse a raposa. _ Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde às tres eu começarei a ser feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade!
Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar meu coração... È preciso que haja um ritual.
_ Que é um "ritual"? _ perguntou o principezinho.
_ É uma coisa muito esquecida também - disse a raposa.
_ É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, adotam um ritual. Dançam na quinta feira com as moças da aldeia. A quinta feira é então, o dia maravilhoso! (para mim também) Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem em qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu nunca teria férias!  (o grifo e o destaque são meus).

Assim o pequeno príncipe cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
_ Ah! eu vou chorar...
(O diálogo continua. Darei um salto)

Adeus - disse a raposa - Eis o  meu segredo. É muito simples:
só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.
(...) Foi o tempo que perdeste com tua rosa que a fez tão importante.

(...) Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.

Para mim a obra prima, acima, é sempre um deleite. Que o seja para você também. Cativemo-nos.

terça-feira, 3 de maio de 2011

LIVRE ARBÍTRIO






LIVRE ARBÍTRIO


Ao ser entrevistada por um apresentador de televisão norte-americano sobre os flagelos que a humanidade tem sofrido nas últimas décadas, uma jovem seguidora dos ensinamentos de Igreja Católica Apostólica Romana definiu que as tragédias estão ocorrendo gradativamente porque os homens foram suprindo Deus do mundo moderno.
Diante das afirmações tão seguras da entrevistada, questionou o apresentador: "Como é que Deus amoroso pleno de misericórdia teria permitido algo tão horroroso acontecer no dia 11 de Setembro?". A resposta veio incontinente: "Creio que Deus ficou profundamente triste com o que ocorreu tanto quanto nós. Faz muito tempo que temos dito para Deus não interferir em nossas escolhas, sair do governo, sair de nossas vidas".
Sendo um cavalheiro com Deus é, ele calmamente nos deixou a vontade para usufruir do livre-arbítrio. Como queremos que Deus nos abençoe e proteja se nós exigimos que ele não se envolvesse com a gente? Diante de tantos acontecimentos trágicos ocorridos no interior das escolas, tudo na verdade começou desde quando alguém determinou que não fosse importante se fazer oração antes das aulas, ensinar religião e ler Bíblia.
Um projeto de lei determinou que não deveríamos bater em nossos filhos, quando esses se comportassem mal. Existe uma clara intenção dos autores de novela em destruir o sagrado sacramento do matrimônio e, por tabela, as famílias, criando personagens que incentivam a prática do adultério e da prostituição. Então, como querer a proteção divina se está querendo aprovar a legalização do aborto, união carnal de pessoas do mesmo sexo? A ciência, por sua vez, que deveria reconhecer que tudo é dom divino, desperdiça tempo e dinheiro tentando provar que a criatura tem mais sabedoria e poder que o Criador. 
Fonte: Fundação Nazaré -  Por Eduardo Queiroz

MISSA DIRETO DA ÁFRICA









 MISSA DIRETO DA ÁFRICA



Sagração do bispo auxiliar poderá ser transmitida pela TV Nazaré

Os paraenses poderão acompanhar ao vivo a celebração de sagração episcopal do novo Bispo Auxiliar de Belém, padre Teodoro Mendes Tavares (foto), que será realizada no dia 8 de maio, em Cabo Verde, África, através da TV Nazaré. O acordo de concessão do sinal com a TV local que será a responsável pela cobertura está sendo feito pela comissão organizadora da ordenação, para viabilizar a transmissão.

Em mensagem ao Arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, padre Teodoro acredita em um resultado positivo. “Estamos esperançosos, até porque já o fizeram antes”. Ainda na mensagem, padre Teodoro envia saudações a toda Arquidiocese. E deseja uma santa Semana Santa e abençoada Páscoa ao povo, ao clero e a Dom Alberto e a Dom Vicente Zico, Arcebispo Emérito.

Em Belém, os preparativos para a chegada do novo bispo auxiliar continuam. Na casa episcopal, seu quarto e enxoval já estão sendo preparados. A comitiva que acompanhará de perto a celebração de ordenação de padre Teodoro em Cabo Verde é formada por 18 pessoas, entre sacerdotes e leigos que viajarão com Dom Alberto e Dom Vicente. “Será uma grande alegria receber todos vocês. Fico feliz com o número significativo dos presbíteros que estarão presentes. Apesar de algumas limitações, teremos muito gosto em vos acolher e hospedar-vos, fraternalmente, como manda a caridade cristã. Desde já, sejam todos bem-vindos a Cabo Verde!”, afirmou padre Teodoro.

Ainda na mensagem, o futuro bispo auxiliar agradeceu o carinho e acolhida de Dom Alberto. “Vejo que é elevada vossa estima por mim e grande o desejo em acolher bem. Naturalmente que agradeço-lhes, muito D. Alberto, e vou vos recomendando ao Senhor por todos vocês, aos pés de N. Sra. de Fátima. Ter-vos-ei presente nas minhas orações ao Senhor. Um grande abraço ao senhor e a D. Vicente, com toda a amizade”. 

Fonte: Voz de Nazaré (www.fundacaonazare.com.br)

segunda-feira, 2 de maio de 2011

JOY E MADÁ

Joy e Madá by madalenadejesus@yahoo.com.br

Joy e Madá, a photo by madalenadejesus@yahoo.com.br on Flick

NOSSA VIDA É UMA BÊNÇÃO.
PROCURAMOS FAZER COM ELA SEJA UMA PRECE DE LOUVOR AO PAI CELESTE.

MISSA 15 ANOS DA KELLY.

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                               MISSA 15 ANOS DA KELLY
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Celebração em Ação de Graças, celebrada pelo Pe. Adalberto do Espírito Santo Brandão, Exatamente no dia em que a minha menina fez 15 aninhos. Dia 11/03/2011, na Paróquia S. Pedro e São Paulo, às 18:30 h. Debaixo de uma chuva intensa, rezamos ao Pai para que Ele derramasse sempre chuvas de bênçãos sobre a vida de Fernanda Kelly.

CONVERSANDO SOBRE CONVERSÃO








CONVERSANDO SOBRE CONVERSÃO


Neste texto do Evangelho de hoje (Jo 3,1-8), temos o diálogo de Jesus com Nicodemos, que é um convite à conversão. Coloca em confronto as duas opções: aquele que crê e aquele que não crê, aquele que pratica o mal e ama as trevas e aquele que pratica a verdade e se aproxima da luz.
Jesus rejeitava, muitas vezes, àqueles que tentavam segui-Lo. A um jovem rico que buscava o Seu conselho, Ele replicou com palavras tão fortes que o homem foi embora entristecido, não disposto a segui-Lo a tão alto preço. A um importante líder religioso, Nicodemos, que vinha louvando Jesus, o Senhor respondeu abruptamente: “Você tem que nascer de novo, se quiser ao menos ver o reino de Deus!” Jesus pintava francamente as dificuldades de segui-Lo e rejeitava todos os que tentavam fazê-lo de forma inadequada. Cristo pregou sobre o tema: “Não pode ser meu discípulo”, discutindo abertamente a necessidade de calcular o custo antes de iniciar o discipulado.
Não porque o Senhor não quisesse seguidores. Ele veio ao mundo para buscar e salvar os perdidos. Ele estava profundamente comovido pelas multidões perdidas e ansiava pela conversão desta. Mas sabia que não seria fácil para os homens segui-Lo e que eles estariam inclinados a enganar-se a si mesmos, pensando que eram discípulos, quando não o eram de fato. O Senhor nunca deixou de declarar francamente o que a conversão real exige.
A troca de palavras entre Jesus e Nicodemos, neste Evangelho de hoje, é fascinante. Esse homem era um chefe religioso e se dirigiu ao Senhor louvando Seus ensinamentos e milagres. É difícil saber o que se passava na mente de Nicodemos, enquanto falava. Talvez estivesse esperando louvor, uma posição na administração de Jesus ou um voto de confiança pela obra que ele mesmo estava fazendo, como mestre em Israel. Mas a resposta surpreendente de Jesus foi: “Nicodemos, você precisa começar tudo de novo, se quiser entrar no reino de Deus”. Seja o que for que esse homem estivesse esperando, não era isso! A resposta de Jesus significa que toda a religião de Nicodemos, toda a sua atividade no ensino e toda a sua posição no Judaísmo eram sem valor em relação ao domínio de Deus.
Nós também precisamos ver que toda a nossa religião e nossa grandeza nada valem. As realizações do passado nada representam. Precisamos recomeçar tudo novamente para sermos capazes de entrar num relacionamento com Deus.
Mas, para isso, basta olhar para o que Jesus ensinou. Para Ele é loucura começar um projeto sem entender primeiro o que será exigido para terminá-lo. Ele ilustrou isso com a ideia de um homem que começou a construir uma torre, mas loucamente se esqueceu de fazer um orçamento para determinar se teria fundos para completá-la e, assim, teve que parar no meio do projeto. A verdadeira conversão necessita de um cuidadoso exame do estilo de vida que Deus espera do convertido.
O arrependimento, que é essencial à verdadeira conversão, envolve morte ao pecado. A Bíblia o compara à morte e ressurreição de Cristo. Tem que haver uma mudança de estilo de vida radical. A Bíblia usa termos como “matar o velho homem” e “revestir-se com o novo homem”, e descreve com minúcias as mudanças exatas que precisam ser feitas. Maus hábitos — embriaguez, imoralidade sexual, ira, ganância, orgulho, etc. — precisam ser eliminados da própria vida, ao passo que devem ser acrescentados o amor, a verdade, a pureza, o perdão e a humildade. Este é o resultado do arrependimento.
Muitas pessoas tentam ser convertidas e converter outras, sem arrependimento. Elas ensinam um Cristianismo “indolor”, que não exige sacrifício. E salientam as emoções, a felicidade e as bênçãos, porém, pensam pouco sobre as mudanças reais que a conversão exige na vida diária da pessoa. Entendamos isto claramente: não há conversão sem transformação. Aquele que acreditou e foi batizado, aquele que até mesmo foi aceito na Igreja e participa fielmente das atividades religiosas, mas que não se arrependeu, não é salvo. O arrependimento é um compromisso sério, determinado, para mudar a própria vida.
Para tomar parte realmente na Ceia do Senhor, a pessoa necessita nascer de novo, no poder da água e do Espírito Santo. Ela precisa executar o ato certo, pelo motivo certo, sendo uma discípula fiel de Cristo.

Padre Bantu Mendonça

domingo, 1 de maio de 2011

PEREGRINO VESTIDO DE BRANCO








"PEREGRINO VESTIDO DE BRANCO", do título original Polonês "Szulalem Was" é um longa metragem sobre a vida e a mensagem deixada por João Paulo II. O filme mostra o lugar do pontífice na história da Igreja e no mundo, e como a sua extraoedinária personalidade, a naturalidade, a abertura e o humor uniram pessoas em todos os continentes - independentemente do status social, da idade, dos valores perseguidos, ou da religião professada.
Dirigido pelo diretor Polonês Jaroslaw Szmidt, é considerado uma das maiores produções da história dos documentários poloneses. Quase quatro anos de trabalho, 90 dias de filmagens, rodado em 13 países (Cidade do Vaticano, Itália, Israel, Malta, Polônia, México, Jordânia, Bolívia, Zâmbia, Botsuana, República dos Camarões, Turquia e Marrocos), em 120 localidades - muitas com acesso muito difícil, onde a câmera geralmente não consegue chegar.
O documentário contou com a participação de Bento XVI, que assistiu em primeira o longa dia 09 de março do corrente ano. Na exibição, o bispo de Roma sublinhou "os dois pilares" da vida e ministério do futuro beato: "a oração e o zelo missionário".
"Com seu exemplo, guiou-nos nesta peregrinação, e agora segue nos acompanhando do céu", afirmou Bento XVI, que recordou as palavras dirigidas na homilia do funeral de João Paulo II.
Naquele oito de abril de 2005, o cardeal Joseph Ratzinger disse: "Nenhum de nós poderá esquecer que no último domingo de Páscoa de sua vida, o Santo Padre, marcado pelo sofrimento, foi até a janela do Palácio Apostólico Vaticano e deu a bênção "Urbi et Orbi" pela última vez. Podemos estar seguros de que nosso amado Papa está agora na janela da casa do Pai, nos vê e abençoa. Sim, abençoe-nos Santo Padre".

Fonte: Gaudium Press, mais inf. s/ o documentário em www.jp2szukalemwas.pl/