sexta-feira, 29 de março de 2013

AS SETE ÚLTIMAS PALAVRAS DE JESUS

AS SETE ÚLTIMAS PALAVRAS DE JESUS NA CRUZ

I – “PAI PERDOAI-LHES POR QUE ELES NÃO SABEM O QUE FAZEM” 
(Lc 23,34)
No Evangelho de Mateus (Mt 5, 44) Jesus ensinou sobre a ação de perdoar até os inimigos. Na Cruz o Senhor confirmava para todos nós que é possível, sim, viver a maior exigência da fé cristã: O perdão incondicional a todos. Na Cruz Ele selava o que tinha ensinado: “Não resistais ao mau. Se alguém te feriu a face direita, oferece-lhe também a outra… Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos maltratam e perseguem. Deste modo sereis filhos do vosso Pai do céu, pois ele faz nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons” (Mt 5,44-48). “Se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará” (Mt 6,14).
Certa vez Pedro perguntou quantas vezes se deve perdoar e questionou se até sete vezes. Jesus respondeu que sete vezes não mas setenta vezes sete, esse número sete simboliza o infinito. (Mt 18, 21-22).
II – “HOJE MESMO ESTARAIS COMIGO NO PARAÍSO” (Lc 23,43)
Com essas palavras de perdão e amor ao “bom” ladrão (Dimas, conforme diz a tradição), Jesus nos mostra de maneira inequívoca o oceano ilimitado de sua misericórdia. Bastou ele confiar no Coração bondoso do Senhor, para ter-lhe abertas, de imediato, as portas do Céu. Não é à toa que a Igreja ensina que o pior pecado é o da desesperança, o de não confiar no perdão de Deus, por achar que o próprio pecado possa ser maior do que a infinita misericórdia do Senhor. Uma grande tentação sempre será, para todos nós, não confiar na misericórdia de Deus. Santa Teresinha do Menino Jesus dizia: “como a misericórdia e a bondade do coração de Jesus são pouco conhecidas” e nos ensina a seguinte oração: “Jesus, eu confio em Vós”.

III – “MEU DEUS, MEU DEUS, POR QUE ME ABANDONASTES?” (Mt 27,46)
Estas palavras, que também estão no Salmo 21, mostram todo o aniquilamento do Senhor. É aquilo que São Paulo exprimiu muito bem aos filipenses: “aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo” (Fil 2,8). Jesus sofreu até o impossível de se imaginar no aspecto físico, moral, psicológico, afetivo, espiritual, enfim, como disse o profeta: “foi castigado por nossos crimes e esmagado por nossas iniquidades…” (Is 53,5). Depois de tudo isto “ninguém tem mais o direito de duvidar do amor de Deus”. Será uma grande blasfêmia alguém dizer que Deus não lhe ama, depois que Jesus sofreu tanto para assumir em si o pecado de todos os homens e de cada homem. Paulo disse aos Gálatas: “Ele morreu por mim”(Gal 5,22).

IV – “MULHER, EIS AÍ O TEU FILHO… Filho, EIS AÍ TUA MÃE” (Jo 19,26)
Tendo entregado-se todo pela nossa salvação, já prestes a morrer, Jesus ainda nos quis deixar o que Ele tinha de mais precioso nesta vida, a sua querida Mãe. E como Jesus confiava nela! A tal ponto de querê-la para nossa Mãe também. Todos aqueles que a rejeitam, esquecem esse pedido de Jesus, acreditamos ser essa entrega na hora suprema da Morte um sinal, recebemos na hora de sua morte, o seu maior Presente para nós.

V – “TENHO SEDE!” (Jo 19,28)
Dizem os Teólogos da Igreja que esta “sede” do Senhor mais do que sede de água, é sede de almas a serem salvas, com o seu próprio Sacrifício que se consumava naquela hora. E esta “sede” de Jesus continua hoje, mais forte do que nunca. Muitos ainda, pelos quais ele derramou o seu sangue preciosíssimo, continuam vivendo uma vida de descrença, afastados do amor de Deus e da Igreja. Enfim, vivem como se Deus não existisse… Havemos que pensar na sede física mesmo, o quanto é angustiante, causticante, mortificante...

VI – “TUDO ESTÁ CONSUMADO” (Jo 19,30)
Nos diz São João: “sabendo Jesus que tudo estava consumado…”, isto é, Jesus tinha plena consciência que tinha cumprido a sua missão salvífica, conforme o desígnio santo de Deus. Enquanto tudo não estava cumprido, Ele não “entregou” o seu espírito ao Pai. Assim, fica bem claro que a nossa salvação depende agora de nós, porque a parte de Deus já foi perfeitamente cumprida até às últimas conseqüências.

VII – “PAI, NAS TUAS MÃOS ENTREGO O MEU ESPÍRITO” (Lc 23,46)
Confiando plenamente no Pai, que Ele fizera também nosso Pai ao assumir a nossa humanidade, Jesus volta para Aquele que tanto amava. É o seu destino, o coração do Pai; e é o nosso destino também. Ao voltar para o Pai, Jesus indica o nosso fim; o seio do Pai, o Céu.
“Vós sois cidadãos do Céu” (Fil 3,20), grita o Apóstolo; por isso, como diz a Liturgia, é preciso “caminhar entre as coisas que passam, abraçando somente as que não passam”.

Madalena de Jesus

(Baseado no blog Católico da Canção Nova)

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