quinta-feira, 7 de junho de 2012

O ETERNO E O TRANSITÓRIO







O ETERNO E O TRANSITÓRIO


Estou olhando o céu do cimo

De uma alta montanha...

Sinto-me diminuto diante

 da eternidade...

Sinto-me só, descarregado de qualquer nó

Que nos prende na vida cotidiana...

Sinto um vazio... Epa! Mas me sinto leve!

Que vontade de voar como aquele condor

A observar a planície lá embaixo!

Pode-se estar livre, desgarrado, mas, amedrontado?

Estes paredões íngremes e escarpados

Contrastam com o céu límpido e azul...

Nossa vida mesmo é cheia de contradições!

Desejo ardentemente voar e desaparecer

No céu azul e ser eternamente feliz..
.
Mas o medo do desconhecido impulsiona-me

Pra baixo, pra onde meu corpo deseja ir...

Conclusão que tiro: meu corpo é mesmo

Da terra e minha terna alma é eterna!


Paulo Paixão

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