quarta-feira, 13 de junho de 2012

FIO CONDUTOR

Pelo fio condutor de minha amargura 
A fragmentação de tua identidade 
Uma manta de retalhos de ilusões 
Na dormência de pequenas verdades 
O castelo inexistente do que foi dito 
Guarda em seu calabouço decepções 
Onde padece minha transcendência 
Nos instantes de teu tempo irreal 
Minhas horas nunca foram factícias 
Laterígrado desse insipiente momento 
Fito o espectro de minha esperança 
E pressinto natimorto tal amanhã 
Onde residem minhas pretensões 
Hoje inala e emana apenas incerteza 
Como eram tolas minhas observações 
Mas mais cálido é o abrangente destino 
Diminuindo meus incautos espaços 
Subtraindo minhas frugais dimensões 
Pela insustentável abrangência desse ser 
Que transpiro por todos meus poros 
Mesmo sendo fugaz em ti minha presença 
Absorvo o impacto de minha pequenez 
Para quem sabe crescer em meu hoje 
O ontem passou e o amanhã não sei 
Dentro dessa incógnita ampulheta 
Esperarei que as coisas fluam naturais 
E assim quem sabe encontrarei meu cais 



www.recantodasletras.com.br/autores/leilson 
Como não recomendar poema tão lindo e intenso?



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